Em meio à corrida para implantar projetos de geração distribuída (GD) até o próximo ano e garantir os incentivos integrais obtidos para os projetos, a Brasol quer implantar 45 fazendas solares fotovoltaicas em Mato Grosso até o início de 2024, em parceria com o Grupo Oeste e a Enersim. Somados os empreendimentos têm investimento total de R$ 250 milhões.
Pela parceria, a venda da energia será feita pela Enersim, no modelo de cotas de geração compartilhada. Já a Oeste Solar será responsável pela construção dos empreendimentos.
Ao todo, as usinas totalizam 58 megawatts-pico (MWp), energia suficiente para atender 20 mil residências e que será destinada a atender consumidores que ainda não podem migrar para o mercado livre de energia, como bares, restaurantes e residências. “De fato são pequenos consumidores mesmo, a maioria ainda não poderá migrar para o mercado livre”, disse o diretor de investimentos da empresa, Carlos Bacha.
Captações via Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) Os empreendimentos obtiveram o protocolo de conexão junto às distribuidoras antes de 07 de janeiro deste ano, quando entraram em vigor as novas regras de cobrança pelo serviço de distribuição. Com isso, as usinas mantém o modelo de taxação anterior, mas rentável para o investidor. No entanto, os projetos têm prazo para entrar em operação de maneira a garantir esse benefício.
Segundo Bacha, o financiamento das usinas foi feito a partir de uma captação de R$ 100 milhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) com a plataforma de investimentos EQI. Esse dinheiro foi utilizado para implantar as 15 primeiras usinas. Para as demais, a companhia pretende fazer uma captação adicional de R$ 150 milhões por meio de CRIs.
Ainda no segmento de GD, a empresa analisa seis potenciais aquisições de usinas já construídas por desenvolvedores de projetos deste segmento. Para essas operações, a empresa conta com R$ 500 milhões de seu balanço, mas espera contar com a possibilidade de fazer emissões no mercado.
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